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O Brasil é o país de maior biodiversidade do mundo, e um dos maiores em quantidade de espécies de aves, de maneira que nossa avifauna é muito rica compondo-se de muitas famílias com uma enorme quantidade de espécies.
Quanto as corujas, possuímos 34 formas entre espécies e subespécies.
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Nome Vulgar: Coruja Buraqueira
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Científico:
Athene cunicularia
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Família: Strigidae
Peso:100 a 200 g
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Vivem nos Campos e Cerrados de todo o Brasil.
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A coruja-buraqueira possui este nome pois vive em buracos cavados no solo. Embora seja capaz de cavar sua própria cova, vivem nos buracos abandonados de tatus, cachorro de pradaria e tocas de outros animais. De porte pequeno, a Coruja-buraqueira possui uma cabeça redonda, tem sobrancelhas brancas, olhos amarelos, e pernas longas. Ao contrário a maioria das corujas o macho é ligeiramente maior que a fêmea e as fêmeas são normalmente mais escuras que os machos. É uma ave tímida, por isso, vive em lugares sossegados. Durante o dia ela cochila em seu ninho ou toma sol nos galhos de árvores.Tem vôo suave e silencioso.
Com olhos grandes e amarelos, a coruja-buraqueira tem a visão
100 vezes mais aguçada que a do homem e seus olhos estão dispostos frontalmente, como os do ser humano. Quando necessita olhar algum objeto ao seu redor gira o pescoço em um ângulo de até 270 graus, e 180 graus de cima para baixo aumentando assim o seu campo visual. Essa disposição frontal, proporciona à coruja uma
visão binocular (enxerga um objeto com ambos os olhos e ao mesmo tempo), isso significa que a coruja pode ver objetos em três dimensões, ou seja, altura, largura e profundidade. Além de sua privilegiada visão, a coruja-buraqueira é dona de uma audição potentíssima, conseguindo localizar e abater sua presa com apenas este sentido.
A coruja é uma ave de rapina, portanto mata para se alimentar. A tradução da palavra rapina é "
roubo", o que caracteriza o fato de tais aves retirarem a vida de suas presas.
O período reprodutivo da coruja-buraqueira começa nos meses de março e abril, os ninhos são feitos no solo, aproveitando antigas tocas de tatus ou simplesmente promovem a abertura de novos ninhos, num trabalho revezado entre o casal.
Os ninhos são escavados com os pés e bicos, formando uma galeria horizontal de até 3 m de profundidade por 30cm-60cm de largura. Em média botam de 6 a 12 ovos, que são incubados por 28 dias pela fêmea; fica por conta do macho proteger o ninho e procurar alimento para toda a prole.
Ao redor acumula estrume e se alimenta dos insetos atraídos pelo cheiro. Os cuidados da cria, enquanto ainda estão no ninho são tarefa do macho.
Com 14 dias os filhotes já ficam empoleirados na saída da cova, aos 44 dias saem do ninho e com 60 dias estão caçando pequenos insetos. São extremamente protetoras dos ninhos e filhotes. A qualquer sinal de perigo, emitem um som forte e alto. Ao ouvirem o sinal de alerta dos pais, os filhotes entram no ninho rapidamente. Elas dão vôos rasantes em cima de qualquer animal ou até mesmo pessoas que invadem os seus territórios. Ficam agressivas quanto se trata de proteger os filhotes, porém são muitas vezes tranquilas quando não estão reproduzindo.
Elas têm um papel muito importante para o equilíbrio natural, se alimentando de roedores, baratas, escorpiões, aranhas, pequenas cobras. Alimentam-se também de pequenos pássaros e filhotes de ninhos próximos. A maioria de sua caça é crepuscular, insetos na luz do dia e mamíferos pequenos na noite, caça a vôo, e ás vezes perseguem sua presa a pé. Mas caçará durante todo um período de 24 horas. À noite, a atividade é maior, pois é o período em elas fazem a maioria das caçadas. Executam cantos noturnos característicos das corujas, chamados de acasalamento, diferentes dos silvos diurnos de alerta.
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Um bom momento do fotógrafo Humberto Russo que registrou a coruja buraqueira sobre uma só perna, um gesto específico que nenhuma outra espécie de coruja faz. |
A coruja como a grande maioria dos animais possui território de caça. São "equipadas" com adaptações especiais que as tornam predadoras eficientes, sendo uma delas o voo. Sempre muito silenciosa e sorrateira, isso devido às penas especiais de sua asa, muito macias e em grande quantidade, conseguem cortar o ar e planar por muito tempo sendo muito discretas e imperceptíveis às suas presas. A observação das presas se dá no alto de árvores ou em mourões de cercas nos pastos e até durante o vôo silencioso, quando fazem uma varredura na área de caça. Quando um alvo é avistado a coruja voa silenciosamente até ele, mantendo sua cabeça em linha reta ao alvo, quando então a joga para trás e empurra suas garras para frente a fim de prender seguramente sua presa. A força do impacto é violenta e certeira não dando chances à presa. Posteriormente a vítima é morta pela pressão do bico, num processo de abatimento de presas no solo.
Fotos: Cristian Dimitrius, Silvio Serrano, Humberto Russo, Celso Queiroz, Outras: Web
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Tiramos muitas fotos das corujas buraqueiras, a Sônia e eu. São belas, intrigantes, parece que se estabelece não sei que elo unindo-nos a elas, e elas a nós. Tem um ar provocativo, e nós as provocamos.
ResponderExcluirAh, fiz vários poemas de bichos. Por que não fiz ainda da coruja? Talvez por ser fácil, aquele olhar inquisidor delas já contém um poema. Foi um desafio fazer poemas para o burro, o tucano, o tigre, o leão, o camelo, o urso, etc. Chegarei à coruja.
Um grande abraço.
Gostei de saber mais sobre esta ave tão intrigante que é a coruja. Sabia que ela tem uma visão aguçada, mas não sabia que a este ponto. Achei legal que o macho e a fêmea se alternam para cuidar dos filhotes. Também não imaginava que elas ocupassem os buracos dos tatus, sempre pensei que ninhos de aves fossem sempre nas árvores.
ResponderExcluirMuito interessante teu post, aliás como sempre.
Um grande beijo.
Adorei este post, Elma! Ótimas fotos e excelentes informações sobre a coruja buraqueira, que é uma ave que gosto muito.
ResponderExcluirMinha casa está num terreno de 20 mil metros quadrados, mas nem tudo é gramado e jardim, claro. Na parte onde o mato cresce, existe um buraco onde as corujas têm sua toca. Adoro vê-las entrando e saindo e voando por tudo ali.
Bjs.
Deixei um comentário aqui... sumiu...
ResponderExcluirVocê saiu do Twitter?
AH! Apareceu!
ResponderExcluirBjs.
Lindas!!! Tenho várias fotos desta espécie, inclusive algumas que são nossas vizinhas, rsrsrs
ResponderExcluirAdorei as informações e convido vc para ver a Suindara que eu conheci recentemente em uma fazenda de Itu. Um grande abraço!
O José Carlos já disse do nosso encantamento com as corujas. De vez em quando vamos para um lugar onde vivem muitas dessas corujas e nós não nos cansamos de admirá-las e fotografá-las.
ResponderExcluirBom vir aqui e aprender um pouco mais sobre elas.
Beijos e um ótimo final de semana.
Obrigada Elma pelo link e retribuição de sua visita! Estou sempre observando seu espaço e aprendendo cada vez mais sobre esta teia maravilhosa que se chama biodiversidade!
ResponderExcluirUm grande beijo!
Uma coruja uma vez pousou em minha janela e achei um fato curioso ela ficou me seguindo com o olhar ela só virava a cabeça girando ou seja ela ficou olhando para trás sem virar o corpo; muito curioso um abraço.
ResponderExcluirElma,
ResponderExcluirAs fotos estão belíssimas!
E as informações muito interessantes!
Seu trabalho é espetacular!
Estou te premiando com mais dois selos. Passa lá no Fauna para pegá-los!
Abraços,
Iliana
achei o masimo vou ate procurar saber mais sobre as corujas
ResponderExcluirmandaram muito bem postando estas fotos neste site
ResponderExcluirque coisa mais chata esas fotos podiam botar so fotos de mulheres gostosas e de preferensea peladas
ResponderExcluirmais então sai do site
Excluir=))
ResponderExcluirEu tenho uma coruja buraqueira
ResponderExcluirli e resolvi comentar pois tenho uma familia de coruja buraqueria morando na minha laje...isso é normal pra coruja buraqueira ???
ResponderExcluirAnônimo
ResponderExcluirSim, as corujas podem viver nas cidades e não se importam com a presença humana.
Gostam de caçar ratos, pardais, morcegos e insetos.
"A Coruja-da-Igreja (Tyto alba), encontrada em todos continentes, com excessão da Antártida, passou a habitar a cidade para residir em casas, torres, igrejas e telhas onde não é necessário construir ninho e caçar os ratos e outros animais urbanos."
Um abraço
Galera alguém esta lendo agora
ResponderExcluirSalvou meu trabalho e aprendi muito
ResponderExcluirObrigado !!
Passei pelas cidades de Santa Terezinha de Goiás, até Goiânia, fiquei vislumbrado pelas belezas naturais desta região!
ResponderExcluirAssim que for possível, voltarei novamente! Oladeir Mariano.
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