Cachorro-vinagre ou cachorro-do-mato

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O Cachorro-vinagre também vive no Cerrado

OCachorro-vinagre (Speothos venaticus), também conhecido como cachorro-do-mato-vinagre ou cachorro-do-mato foi descrita pela primeira vez em 1842, a partir de fósseis encontrados em cavernas no Brasil e só depois se descobriram os animais vivos e hoje está na categoria vulnerável do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

É o único canídeo sul-americano com formação de matilhas; apresenta dieta carnívora e hábito semi-aquático. É naturalmente raro e é ameaçado pela perda de habitat.
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Seu corpo é troncudo, a cabeça é larga, as orelhas e focinho curtos, a cauda é espessa e é coberto por uma pelagem vermelho-escura. A pelagem assume uma coloração mais escura (marrom escuro ou preto) em direção a cauda e faixas claras são encontradas na parte inferior.
Eles são os menores cães silvestres do Brasil e, embora sejam canídeos, possuem o menor número de dentes da família canidae, apenas 38. Apresenta hábitos preferencialmente diurnos recolhendo-se a tocas, tocos de árvores ou buracos que eles mesmos escavam.
Alimentam-se de crustáceos, pequenos vertebrados, pacas e cotias mas podem caçar presas maiores, como capivaras ou emas, graças ao padrão de caça cooperativa.
Comprido e baixinho – tem entre 60 e 80 centímetros de comprimento e 25 a 30 centímetros de altura –, o cachorro-vinagre pesa de cinco a oito quilos. Possuem unhas fortes que usam para escavar buracos, assim abrem túneis no chão que usam para se abrigar. É um animal semiaquático, seus dedos estão ligados por membranas interdigitais que o permitem nadar e mergulhar com facilidade.
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O Cachorro-vinagre é classificado como vulnerável pelo Ibama como quase ameaçado. Ocorre principalmente em matas-galeria e florestas ripárias, mas também pode ser encontrado no Cerrado e em outros ambientes abertos.
Estima-se que haja 15 000 indivíduos adultos dessa espécie, com um declínio esperado de aproximadamente 10% entre 2008 e 2018, devido principalmente à perda de habitat (IUCN 2008)

Ameaçados de extinção desde 2003 é encontrado atualmente na Amazônia e Pantanal e Cerrado.
O período reprodutivo da espécie não parece apresentar sazonalidade, sendo a gestação de 67 dias, após a qual nascem em média 3,8 filhotes.
As fêmeas entram no cio duas vezes ao ano mas o acasalamento pode não ser periódico, dependendo da situação social. O cio dura em média 4 dias.
Os filhotes nascem em cavernas cavadas pelos próprios pais ou por tatus. Ao nascer, os filhotes pesam de 130 a 190 g e sua pelagem apresenta uma coloração preto-acinzentada. Os machos ajudam na criação dos filhotes levando comida até a caverna.

 Filhotes de Cachorro - vinagre - Reprodução em cativeiro tenta salvar animal ameaçado de extinção. 

Descoberta recente de uma matilha de  Cachorro-Vinagre no Estado de Goiás


No vídeo, um encontro raro com quatro indivíduos em pleno Cerrado goiano nesta segunda-feira 26/10/2015 no Parque Nacional das Emas - GO unidade de 132 mil hectares localizada bem na divisa entre Goiás e Mato Grosso do Sul, registrado pelo biólogo Marcus Buononato.

Obrigada Marcus Buononato.

É uma espécie altamente social, até mesmo com caçada grupal, com um rico repertório de vocalizações, vivendo em grupos familiares de até 10 indivíduos.
A estrutura social dos grupos é fortemente hierarquizada, tal como nos lobos-cinzentos e os membros do grupo comunicam entre si através de latidos, o grupo é formado por vários casais monogâmicos e pelas crias do casal dominante.
Estimativas preliminares de radiotelemetria sugerem que a área de vida de uma matilha seja de pelo menos 100 km².

O cachorro-vinagre nunca foi caçado por interesse econômico e é sabido que algumas tribos de nativos brasileiros conservam-nos como animais de estimação.

Demarcação de território


Uma característica curiosa é que, para demarcar o território, a fêmea do cachorro-vinagre faz um verdadeiro malabarismo: se apoia nas patas dianteiras e ergue a parte traseira do corpo, para urinar em pedras, pequenos arbustos ou troncos de árvores. Já o macho levanta uma das patas traseiras para trás e ejeta um spray de urina.

 Imagens Google

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Espero que esse espaço tenha sido útil para você. Os artigos apresentados são frutos de pesquisas e informações colhidas na web, artigos acadêmicos, livros que após um estudo coerente entre as informações que mais se igualam sobre os temas, são selecionados para as postagens.
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Elma

Chuveirinho - uma flor do Cerrado

Publicado originalmente em 10/01/2009 as 12:17 - .
Não há quem visite uma região de Cerrado nativo sem ficar impressionado com a beleza de suas flores. Elas surgem em todos os lugares, na vegetação rasteira, nas plantas herbáceas, nos arbustos e nas árvores. Umas encantam pela delicadeza, outras pela exuberância. Mas todas recebem o olhar admirado de quem as vê.

Quem vê um (Paepalanthus) chuveirinho quer colher e levar para casa. É uma espécie nativa do Cerrado de um sub-arbusto, inflorescência com flores secas, redondas, pequenas, de cor branca.
É uma flor que mantém suas principais características, inclusive a beleza, depois de colhidas.

Beleza insólita que nasce onde menos se espera
Devido a sua grande utilização pela população nativa para trabalhos de artesanato, a sua própria estrutura já é quase a de um bouquet de flores, floresce pronto, e como não é resultado de cultivo está quase em extinção no cerrado e sendo comercializadas como as autênticas “flores do Cerrado”.

A beleza da flor do cerrado chuveirinho, que com suas parentes movimenta parte da economia local, através da coleta para confecção de arranjos, feita com a planta seca no fim do inverno, sendo parte da produção destinada ao exterior.

Dentre as várias localidades do estado de Goiás, essas flores são encontradas principalmante na região de Pirenópolis nas proximidades da Cidade de Pedras.
Distante 51 km de Pirenópolis - Goiás, este atrativo ainda não possui nenhuma infra-estrutura turística.
Chuveirinho - uma flor do Cerrado - sempre-viva, flor do Cerrado

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A Cidade de Pedra é uma área de cerca de 1.400 ha com diversas formações rochosas em quartzito e arenito que formam labirintos e pedras de formatos diversos, lembrando animais e rostos. Para se visitar o lugar é imprescindível a presença de um guia experiente. Lugar de caminhada de dificuldade média a alta, cerca de 10 km, com trilhas sujas de mato, sem água e muito acidentado.

Pois que o chuveirinho é encontrado nessas imediações, porém em campo aberto.
Veja também nesse blog "Cidade de Pedras" clicando na imagem abaixo



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Elma

Planta Canela-de-Ema a Fênix do Cerrado

Planta Canela-de-Ema a Fênix do Cerrado Serra do Cipó,a Fênix do Cerrado,canela-de-ema, A canela-de-ema possui várias espécies genericamente conhecidas por esse nome e apresentando belíssimas flores de cores que vão do violeta azulado, li .
Vellozia squamata poh_familia  Velloziaceae_canela-de-ema
Nome científico (Vellozia squamata pohl)
Fam. Velloziaceae
Nome popular: Canela-de-Ema

Arbusto comum no Cerrado brasileiro, é encontrado na Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo.
A canela-de-ema possui várias espécies genericamente conhecidas por esse nome e apresentando belíssimas flores de cores que vão do violeta azulado, lilás e branco e são comestíveis.
Considerada a Fênix do Cerrado essa planta com flores exuberantes que sobressai nos campos oferecendo um belo espetáculo meio a secura das plantas do Cerrado.

É uma planta hermafrodita e resistente às queimadas, brota rapidamente após a ação nociva do fogo.

Considerada a Fênix do Cerrado essa planta com flores exuberantes que  sobressai nos campos do Cerrado.
Canela-de-ema – a Fênix do Cerrado, resistente as queimadas. Esse exemplar foi fotografado na Serra do Cipó-MG
Fico muito feliz quando os leitores do Caliandra do Cerrado procuram interagir como tem acontecido com frequência.
Desta feita, foi a leitora e Elaine Antonia que pesquisava a origem dessas flores e deu com meu blog.
Recebí seu e-mail e com ele a foto desse exemplar fotografado por ela em Lapinha-Santana do Riacho na Serra do Cipó um dos mais belos cenários de Minas Gerais.

A Serra do Cipó é considerada uma das maiores áreas de biodiversidade do planeta.

Saiba mais como é a reação da canela-de-Ema em situações das queimadas do Cerrado, como ela reage, como e porque  floresce tão rapidamente. Clique na imagem e saiba.

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Fotos: Fernando Tatagiba, Elaine Antonia


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