A dinâmica dos Rios Voadores



Quanto mais árvores, mais água

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Quanto vale uma árvore?
Cada árvore pode produzir diariamente em média dependendo do tamanho, entre 300 a 500 litros de água. Uma árvore grande pode bombear do solo e transpirar mais de 1.000 litros de água num único dia. As raízes chegam até 20 ou 30 metros de profundidade sugando a água da terra. Os troncos funcionam como tubos. Quando transpiram, as árvores então liberam esse líquido convertido em vapor, fechando o ciclo que novamente alimentará a corrente no céu - a evaporação das florestas são transformadas em chuvas.

Um carvalho de grande porte pode transpirar 150 mil litros de água para a atmosfera a cada ano. Fonte: United States Geological Survey (USGS) (em português, "Pesquisa Geológica dos Estados Unidos").

Sem floresta não haverá água

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Caso a fronteira agrícola do país continue se expandindo, as consequências poderão ser extremamente severas, inclusive, para a própria agricultura, que não contará mais com o mesmo regime de chuvas para o abastecimento da produção.
Floresta intacta no Estado do Amapá, o estado mais florestado do Brasil possuindo 96% do seu território coberto por vegetação nativa. Fotos: (©Greenpeace/Rogério Reis/Tyba)

Fenômeno dos Rios Voadores


 
CAÇADORES DE NUVENS 
 Pesquisadores “surfam” as correntezas aéreas para estudar o fenômeno

Desde 2008, um projeto científico tenta conhecer melhor os rios voadores. O líder da pesquisa é Gerard Moss, engenheiro e explorador francês naturalizado brasileiro. O trabalho dele consiste em voar com um monomotor coletando vapor d’água. “Enquanto todos os pilotos evitam as nuvens, eu vou direto para elas”, diz. Em seu avião, Moss caça a umidade usando tubos de 40 centímetros resfriados a 70 graus negativos. Numa temperatura tão baixa, qualquer vapor que entra no tubo se transforma, imediatamente, em água. As gotas são então armazenadas para a análise em laboratório.

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Rios Voadores ou Rios Aéreos são “cursos de água atmosféricos”, formados por massas de ar carregadas de vapor de água, muitas vezes acompanhados por nuvens, e são propelidos pelos ventos. Essas correntes de ar invisíveis passam em cima das nossas cabeças carregando umidade da Bacia Amazônica para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

O processo para formar um rio voador começa na água que evapora do oceano Atlântico e gera nuvens que vão para a floresta Amazônica. Quando chove na floresta, só uma pequena parte da água vai para os rios. O resto é absorvido pelo solo ou pelas árvores. Parte da água que não foi para os rios evapora (do solo ou pela transpiração das plantas) e forma novas nuvens cheias de vapor.
Nuvens da evaporação do mar levadas pelo vento a caminho da Amazônia - foto:Elma Carneiro
Nuvens da evaporação do mar  são transportadas pelo vento para formar chuvas na floresta Amazônica - Foto aérea do mar em Fortaleza de Elma Carneiro.

 Transpiração das árvores da Amazônia

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Floresta em evaporação
Transpiração da floresta Amazônica
A floresta evapora e esse vapor se  transforma em nuvens
Da transpiração  são formadas as nuvens
As árvores da floresta Amazônica “bombeiam” as águas das chuvas de volta para a atmosfera, através de um fenômeno denominado evapotranspiração, ou seja, a água das chuvas que fica retida nas copas das árvores evapora e permanece na atmosfera em forma de umidade. É exatamente essa umidade que forma os rios voadores.
Como é praticamente impossível se distinguir o vapor d´água proveniente da evaporação da água no solo e da transpiração das plantas, a evapotranspiração é definida como sendo o processo simultâneo de transferência de água para a atmosfera por evaporação da água do solo e da vegetação úmida e por transpiração das plantas.

Pense nisso

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Com a “evapotranspiração” das árvores da floresta, chegam a se formar enormes rios de vapor de água que não podem ser vistos a olho nu.
O que se observa, nesse processo, é a importância da preservação da floresta Amazônica. Caso a fronteira agrícola do país continue se expandindo, as consequências poderão ser extremamente severas, inclusive, para a própria agricultura, que não contará mais com o mesmo regime de chuvas para o abastecimento da produção.

Rio Voador
A quantidade de vapor d’água transportada por esses rios voadores pode chegar a volumes maiores que a vazão de todos os rios do centro-oeste e ser da mesma ordem de grandeza da vazão do rio Amazonas (200.000 m3/s). O Projeto Rios Voadores vai colocar uma lupa nestes processos, voando junto com os ventos, amostrando o vapor, coletando a chuva em busca das explicações e números. A resposta está na Amazônia.
Volume de água que circula pelo céu é similar à vazão do rio Amazonas.

Rio Voador - Foto Margi Moss/Projeto Rios Voadores



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  O desmatamento resulta na  perda de áreas úmidas

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Eu gostaria que mais pessoas 
se preocupassem com a terra,
tanto quanto  se importam com 
quem eles acreditam que a criou.

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